Os seres humanos se diferem de outros animais por muitas características.
Mas certamente a maior delas é a capacidade de se comunicar através das gerações.
Começamos com pinturas nas cavernas.
O desenho de um homem com uma lança que perfura um bisão.
O gigante bisão cai, o homem sai vitorioso trazendo carne para sua tribo.
O próximo homem olha a parede e sabe o que fazer.
Ele adiciona mais um elemento àquele aprendizado: o fogo que cozinha a carne.
O próximo homem usa o fogo para afastar os predadores, e o próximo usa o fogo para forjar metais.
Pouco a pouco, evoluímos e nos distanciamos dos seres primitivos graças à habilidade de nos comunicarmos.
40 mil anos depois, nossos desenhos e palavras viajam à velocidade da luz por essa maravilhosa invenção chamada internet.
O que acontece agora é que a cultura da comunicação muda drasticamente a cada par de anos. E como ainda estamos nos habituando a essa velocidade, não sabemos exatamente o que fazer e como fazer.
Entre NFTs, Criptomoedas, metaversos e afins, parece que estamos nos arrumando para um compromisso do qual não sabemos a data e nem horário.
A única certeza que o gestor de produto tem, é a de que está atrasado, muito atrasado.Tal qual o Coelho Branco da história de Alice.
Nosso papel aqui, é de colocar um pouco de luz por cima de um problema que talvez a maioria de nós nem saiba que tem: a falta de clareza de onde estamos.
“Nem todos os que vagueiam estão perdidos”. Lewis Carroll
Imagine que a internet é parecida com um planeta cujo núcleo é mais denso.
Essa foi a web1:
Grandes portais de notícias concentravam a comunicação, que era basicamente unilateral. Eles falavam, nós ‘ouvíamos’.
Nada muito diferente de um jornal de papel.
Não existia nem o conceito de feedback simples como ‘curtir’ ou ‘descurtir’ um conteúdo.
Pessoas comuns também não tinham acesso a publicar nada.
Subimos um pouco à superfície do planeta.
As coisas começaram a ficar mais maleáveis.
Essa foi a web2, a internet como experimentamos ainda hoje.
Aqui o terreno se tornou fértil, o que permitiu o nascimento e a expansão das redes sociais.
Surgiram as primeiras plataformas e serviços online com foco na simplificação da publicação de conteúdo.
Se hoje chamamos alguém de “digital influencer”, é graças a essa fase.
Produtores de conteúdos começaram a agregar audiências, sendo remunerados por isso.
Apertem seus cintos, vamos subir.
Aqui estamos nos aproximando da estratosfera: O espaço é praticamente infinito e o ar não oferece nenhuma resistência:
É aqui, querido gestor, nesse exato pulo para o próximo passo, onde você está agora.
Faça o seu reality check, você está saindo da Matrix.
Bem vindos à web3. O 5G é o meu pastor e nada me faltará.
Algumas tecnologias estão se popularizando e permitindo que negócios entre pessoas sejam feitos praticamente sem atrito, de formas seguras, rápidas e eficazes.
As blockchains e outras tecnologias descentralizadoras dão mais poder às pessoas e menos ao Estado.
Se isso é positivo ou não, ainda vamos descobrir – mas certamente é interessante do ponto de vista dos Negócios.
Em vez de estruturas centralizadas, os usuários passam a ser “elos” de uma corrente, criando-se aplicações no modelo peer-2-peer, com bancos de dados totalmente descentralizado e, ao mesmo tempo, totalmente validáveis.
Dissolvemos pouco a pouco o poder das BigTechs, distribuindo os recursos financeiros entre as pessoas – que não são mais meros espectadores do que acontece – e sim, agentes transformadores de suas relações de consumo, interferindo de acordo com suas políticas pessoais nas decisões que são tomadas pela sociedade através das redes sociais.
Essa é a próxima revolução.
O seu próximo negócio vai ser plantado agora, no fim da web2 e colhido na web3, e apesar de não saber exatamente como e com qual velocidade as coisas vão acontecer, temos uma ideia já bastante clara do que ficará para trás e do que virá em seguida.
Aproveite a jornada!